Eu sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis, inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis.
Mas nunca consegui. Quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção.
Já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais.
Já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. E o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele.
E se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele.
E se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém.
E quando vou ver, lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser.
E quando vou ver, lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser.
Porque eu jamais poderia ser uma.
(Tati Bernardi)
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